quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tenho um brinquedo novo!



...parecia uma criança que tinha recebido um novo presente, estava mortinho para o experimentar... nem que fosse na piscina ... só para fazer um teste!
Afinal de contas não é todos os dias que se recebe uma prenda que custa uns 500 euros ;) (1500 reais).
Mas vou explicar desde o inicio para que percebam melhor este meu novo brinquedo.
Para ter dados de corrente do mar numa área é necessário rebocar um aparelho (ADCP, já aqui anteriormente apresentado), que vai preso a uma corda numa lancha.
No entanto para rebocar o aparelho e para que este nunca saia da água foi preciso construir um catamarã em miniatura que serve apenas para o transportar e fazer com que a influência das ondas e da corrente do barco não o deixe em contacto com o ar (o que estragaria os dados).
Assim é efectuado um trajecto, normalmente uma malha quadrada, que cobre toda a área a ser estudada os dados são visualizados em tempo real e armazenados num computador.
Cada flutuador foi construído à escala do navio veleiro da marinha brasileira o Cisne Branco, no meio tem apenas uma estrutura de metal onde vai fixo o ADCP.


Curiosidades:
1 -se não fosse este catamarã seria furada uma prancha de bodyboard e o aparelho iria no meio a flutuar. Obviamente não se devem furar objectos sagrados e este método artesanal ainda me coloca algumas dúvidas, apesar de já ter sido utilizado.

2- Claro que o meu sonho era ter um catamarã como tinha o meu tio Zé. Bons tempos passei quando era (+) criança e brincava na albufeira em Rio Caldo sonhado um dia velejar um grande catamarã mas como ainda não sei, fico-me por esta miniatura.

O oceanógrafo (de piscina) e o catamarã com o adcp (a amarelo).
A brincar com 500 euros.

Outra perspectiva.

Verificando o funcionamento do aparelho.
Navio veleiro da marinha brasileira, o Cisne Branco.



Música que acompanha o post: Constellations - Jack Johnson

sábado, 25 de julho de 2009

Soul Mate

Principalmente depois de uma semana solitária a analisar dados, a saudade bateu à porta...
No entanto, e apesar de ter muitas saudades da família e dos amigos, existe alguém em especial de quem me lembrei por várias vezes durante estes dias, não só da pessoa em si, mas também de todos os momentos que já passamos juntos.
Assim, tive saudades:
... de acordar às 6:30 da manhã em peniche para irmos surfar (mesmo quando a temperatura exterior é de 5 graus).
...das nossa férias juntos.
...daquelas fotos de bodyboard perfeitas (em ondas fracas) .
...da busca incessante por ondas novas (inexistentes).
...de sair-mos juntos à noite.
...de conversar sobre tudo.
...das surftrips sem ondas.
...de ficarmos na água a surfar (e a cantar) só os dois .
... de surfar até de noite.
...de dormir em carrinhas ( ;)xiuuuu ).
...de ouvir 999 vezes por dia o CD de one love family (numa das surftrips).
... de sermos os primeiros a entrar para a água e os últimos a sair.
...de fazermos kms a pé para surfar S. Jacinto com meio metro.
...de tomar banho nos tanques públicos.
...dos universitários de bodyboard.
... do espírito yellowtrev soldier.
...da conversa de final de semana em Leça ou Matosinhos.
...de ouvir souls of fire até decorar as letras (mesmo quando eles dizem 1000 palavras por segundo).
...da sintonia na maneira de pensar.
...dos 6 anos de companheirismo.


Se existe no mundo uma "soul mate" ou um amigo especial... és tu meu mano (Tiago)!!!









Musica que acompanha o post - Soldiers Of Jah Army -Open my eyes

quinta-feira, 16 de julho de 2009

De Alma Lavada

No fim de semana andava um pouco triste, porque todos os meus amigos aqui no Brasil iam viajar ou para a casa deles, (pois muitos não são de Itajaí), ou para outros lugares. No entanto,uma vez que tenho que ficar a acompanhar o meu projecto, não podia sair e ficar fora muitos dias.
Pensava que seria mais uma semana de trabalho normal, quando de repente me lembrei que a Ana (a portuguesa) ia viajar sozinha para a Foz do Iguaçu (que fica perto da Argentina e Paraguai), como a viagem dela ia durar apenas 3 dias falei com o Renato que prontamente aceitou.
Nesta minha fase pelo Brasil precisava mesmo de espairecer, de conhecer lugares novos, pessoas novas, sentir novos cheiros , viver novas emoções e voltar para casa de ALMA LAVADA e com vontade de trabalhar.
A viagem começou no domingo às 18horas, esperava-me um percurso de 14 horas de autocarro até à Foz do Iguaçu e o meu medo de não ter nada que fazer foi felizmente ultrapassado, uma vez que dormi 12 horas seguidas.

Mãe como te prometi, não frequentei lugares com muita gente (como é um terminal rodoviário) e fiquei 1 hora ao frio à espera da Ana, prontinho para apanhar uma grande pneumonia, mas nunca a Gripe A.

Passar a noite num autocarro e acordar sem lugar para lavar os dentes, implica utilizar as casas de banho da rodoviária.

Chegados ao destino fomos procurar um Hostel que nos tinham informado anteriormente, onde dormimos por 8 euros com café da manhã. Além disso o ambiente dentro deste Hostel era fantástico, onde pessoas do mundo Inteiro conviviam e contavam varias peripécias que tinham passado ao longo das suas viagens.
Depois de deixarmos as nossas coisas fomos para o Paraguai onde aproveitamos para passear um pouco pelas ruas (feias, sujas e mal cheirosas), conversar com algumas pessoas e negociar uma maquina fotográfica que a Ana queria.

Republica do Paraguai (em guarani, Tetã Paraguái)

Ilegal, disfarçadamente ilegal.

O trânsito caótico do Paraguai

Ilegais x Legal



De volta ao Brasil fomos conhecer a central hidroeléctrica (Itaipu Binacional) que produz mais energia no mundo, esta fica no Rio Paraná, pertence ao Brasil e Paraguai e nela trabalham em conjunto brasileiros e paraguaios (em mesmo número).

Neste dia como tinham água a mais tiveram que libertar o excedente :) (bom para fotografar)!

Algures entre o Brasil (esquerda) e o Paraguai (direita)

Super Heróis (de capacete, não vá o diabo tecê-las)

Purple style (Luis (paraguaio) x Renato (brasileiro))
Trio maravilha

A noite foi passada em convívio com dois portugueses, um americano e uma holandesa que conhecemos no Hostel e, durante várias horas contaram-se estórias, ficamos a conhecer melhor as viagens que cada um tinha feito e quais os próximos planos.

Esta foto não precisa de legenda pois a cara de cada um denuncia a sua nacionalidade.

No dia seguinte esperavam-nos as cataras do Iguaçu, que preferimos visitar pelo lado Argentino, (feliz sugestão dada pelos tugas que conhecemos). Desta vez contamos com a companhia de 3 brasileiros e 3 suíços, todos muito simpáticos e com os quais, mais tarde trocamos contactos.
O dia foi passado entre massas de água gigantes e, por muito que eu tente transcrever o que senti ou tente exprimir a sensação de lá estar, apenas quem visitou esta maravilha da Natureza consegue entender.
Naquele lugar sentimo-nos frágeis, pequenos, indefesos, a água a molhar-nos o rosto traz sorrisos e felicidade. Eu olhava para a cara do Renato e não sabia o que dizer, era sem dúvida uma experiência única que nunca vou esquecer.
A força da Natureza é sem dúvida enorme mas a sua beleza é tão perfeita e delicada que só coisas boas me podiam passar pela cabeça e uma sensação de bem estar invadia o meu corpo. Estava sem dúvida com as “pilhas carregadas”, com a ALMA LAVADA e pronto para regressar ao meu trabalho com um grande sorriso na cara.

As próximas fotografias não têm legenda, não por preguiça, mas porque não existem palavras capazes de expressar esta beleza natural, além disso uma imagem vale mais de mil palavras.





Musica que acompanha este post: Rise - Eddie Vedder

Such is the way of the world
You can never know
Just where to put all your faith
And how will it grow

Gonna rise up
Bringing back holes and dark memories
Gonna rise up
Turning mistakes into gold

Such is the passage of time
Too fast to fold
And suddenly swallowed by signs
Low and behold

Gonna rise up
Find my direction magnetically
Gonna rise up
Throw down my haste in the road